Levi Torres Madeira

 Oftalmologista e Escritor de Poemas em Cordel

Textos

BRAVO NORDESTINO

É sabido por todo mundo a garra que tem o nordestino e aqui em versos eu conto a trajetório do Sr. Adonias Valdevino Bezerra, nascido em 10 de outubro de 1932 no município de Pocinhos no estado da Paraíba.
Compus este poema a pedido da Solange e Dr. Antônio Dantas (oftalmologista) um casal muito amigo e querido que queriam homenagear o pai e genro e digo que foi com grande prazer que compus este cordel.
 
 
AGRADECIMENTO AO AUTOR 
Caro leitor, a princípio você vai achar meio confuso o autor fazer agradecimento á sua própria obra, mas não trata disso, explico melhor, é que o amigo Levi Madeira se propôs a escrever este livro e com muita Propriedade fez esta sinopse sobre a vida de nosso pai.  Poeta, de uma capacidade intelectual de invejar, ele preciso apenas de pouco mais de um dia para descrever com tanta preciosidade e clareza sobre toda trajetória do Sr. Adonias. Obra esta, com tanta riqueza de detalhes, de um nordestino que teve poucas oportunidades, mas soube fazer a diferença. O autor mostrou a grandeza de seu caráter ao demonstrar o seu talento com belíssimas rimas, e o fino trato com que ele coloca as palavras, mostrando o poeta que é.
O Dr. Levi, além de sua capacidade como médico, se destaca pela inquietude de sempre procurar aprender mais, e com simplicidade no trato com seus amigos, mostra a sua grandeza como ser humano.
Hélio Alves Bezerra
 
PREFÁCIO
Os versos deste livro descrevem historia de um nordestino sofrido, castigado pela pobreza, pela a falta de oportunidades que toda uma região convive e que sempre foi esquecida.
O autor mostra que o nordestino, ao nascer, tem que ser forte acima de tudo, do contrário não  sobreviverá a tanta mazela que a vida de um sertanejo impõe. O sertanejo, por excelência,tem que ser sonhador, sempre acreditar que dias melhores virão. O DNA do nordestino já vem composto de muita alegria, disposição para o trabalho árduo, muita criatividade e coragem para encarar as adversidades. 
Hélio Alves Bezerra 
 
 
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Fortaleza – Ceará – Brasil 

Outubro de 2014

METRIFICAÇÃO

Septilha XAXABBA
16 estrofes de 7 versos heptassilábicos
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BRAVO NORDESTINO

Já é sabido por todos
A força do nordestino
Lutador e destemido
Vai atrás do seu destino
Neste cordel vou narrar
Até mesmo me curvar
Pra Adonias Valdevino
 
No ano de trinta e dois
Ano do seu nascimento
E no dia dez de outubro
Nascia o novo rebento
Lá no meio do sertão
Para os pais grande emoção
Foi belo aquele momento
 
Município de pocinhos
Um menino recebeu
No sertão da Paraíba
Adonias lá nasceu
Pai e mãe e seis irmãos
Produziam os seus grãos
E foi lá que ele cresceu
 
Inteligência e coragem
Desde cedo demonstrou
De sol a sol trabalhava
Disto nunca se cansou
E sem chance de estudar
Por precisar trabalhar
Teve a mãe que lhe ensinou
  
Com amor cuidou da terra
Calejava a sua mão
Sementes bem escolhidas
Plantava naquele chão
E todo mato roçava
E tudo limpo ficava
Germinava a plantação
  
Na roça tudo plantava
Se maduro ele colhia
Fosse arroz ou mandioca
Fosse milho ou melancia
E pra casa carregava
A família alimentava
Da luta jamais fugia

Mas inquieto sonhador
A roça não lhe bastava
E na Marinha ingressou
Novo mundo despontava
E Lá foi um desportista
Sendo até estrategista
Mais um trauma lhe marcava
 
O seu olho machucou
Em uma competição
Por isso se desligou           
Daquela corporação
E pra casa então voltava
Novo plano elaborava
Para nova profissão
 
Falou então pra seu pai
Seu Antônio Valdevino
Que queria outra vida
Desbravar o seu destino
Quero ser comerciante
Vender do gado ao barbante
Seu pai disse: eu patrocino
  
Escolha do melhor gado
Que se encontra no curral
Dê inicio ao seu comércio
Terá o primordial
Nada de preocupação
E siga seu coração
Tem a benção paternal
 
Casou-se com Maria Alice
Ele muito prosperou
E foi pra Campina Grande
Lá quatro filhos ganhou
E de novo irá mudar
Pro Crato no Ceará
E comércio lá montou
 
Duas filhas lá nasceram
Pra alegrar seu coração
A Solange e Márcia
Seu comércio em expansão
E até em Pernambuco
Dando uma de maluco
Construiu torrefação
 
Mas na década de oitenta
A seca lá castigava
Pouca água e pasto seco
O seu gado definhava
Consultou seu coração
Foi então pro Maranhão
Onde a chuva despencava
 
Naquela terra distante
Novamente prosperou
E mesmo sem muito estudo
A cada filho formou
Por balsas a gratidão
Mas sua alma e coração
Lá no Ceará ficou
  
E já quase com oitenta
Para o Crato retornou
Felicidade visível
Até lágrimas rolou
A saudade acalentava
Com amigos festejava
Seu sonho realizou
  
E este foi nosso herói
Que nosso PAI já levou
Mas deixou uma lição
Pra família que o amou
Garra e determinação
Com amor no coração
E saudade aqui deixou! 


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O AUTOR DESTE CORDEL
 


Levi Torres Madeira
Médico Oftalmologista – CREMEC: 4834 – RQE: 2865
Especialista em Cirurgia Plástica Ocular com Excelência em Blefaroplastia
 
CONTATOS:

Site da Clinica Levi Madeira: www.levimadeira.com.br  

E-mail: levi.torres.madeira@gmail.com
Fones: (85) 3486-6363 e 3486-6461
Av. Dom Luis, 1233 – Sala 401
Fortaleza – Ceará – Brasil
 
Escritor de Literatura em Cordel
 
SITE DO ESCRITOR:
www.levimadeira.recantodasletras.com.br 
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Levi Madeira
Levi Madeira
Enviado por Levi Madeira em 03/10/2014
Alterado em 03/10/2014


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